Em qual momento o retrabalho tomou conta da rotina a ponto de impedir resultados prováveis de celeridade? Com base nesta indagação, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região desenvolveu uma metodologia de gestão por relatórios que permitiu, entre outros benefícios, uma mudança da cultura na gestão de processos nas unidades judiciárias, proporcionando maior efetividade na tutela jurisdicional.
Com relatórios no telão e em tempo real, o corregedor regional do TRT, desembargador Luiz Antonio Lazarim, apresentou a experiência bem-sucedida da 15ª na correição e na gestão das varas do trabalho durante a 7ª Reunião Ordinária do Colégio de Presidentes e Corregedores da Justiça do Trabalho (Coleprecor). O encontro acontece nesta quarta, 24 e quinta, 25/10, em Campinas-SP, sob coordenação do presidente da 15ª, desembargador Renato Buratto.
O chamado Método Concentrado de Procedimentos e Incentivos (MCPI) – vencedor da XI Mostra Nacional de Trabalho da Qualidade no Poder Judiciário (Gestão do Processo Judicial) – baseia-se na análise única do processo em um período preestabelecido, utilizando como ferramenta de trabalho o relatório por tempo de tramitação, o que permite o planejamento das atividades e uma postura ativa dos servidores.
A gestão por relatórios possibilitou que a Presidência, em conjunto com a Corregedoria, designasse força-tarefa para auxílio às unidades que se encontram com serviços em atraso, formando um grupo de trabalho de servidores de outras varas coordenado por um diretor de secretaria. “A força-tarefa desloca-se para a unidade em que irá atuar já com os serviços a serem realizados identificados com base nos relatórios”, ressalta Lazarim.
O corregedor regional da 15ª destacou ainda mais três pontos importantes da gestão por relatórios, que “respeita a dignidade do servidor, valorizando sua capacidade, satisfação pessoal e qualidade de vida, desenvolve a visão sistêmica necessária ao processo eletrônico e possibilita a razoável duração do processo”.
A Corregedoria também instituiu um canal de comunicação direto com os diretores de secretaria, no ambiente de intranet, para o aprimoramento constante. A troca de experiências entre os diretores e a coordenação resultou melhorias de relacionamento e integração das unidades de 1ª instância. Outro ponto positivo diz respeito à correição, que pode ser feita à distância.
Textos e fotos: TRT15/ Ana Claudia de Siqueira