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Ministro Caputo Bastos traça panorama da retomada presencial

“Um juiz não é aquele que só faz audiências e sentenças. Ele tem que viver a realidade da vara do trabalho e  de sua comunidade”, asseverou o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, durante a 4ª Reunião do Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor) nesta quarta-feira, 18/5, na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Ao fazer um balanço da retomada do trabalho presencial na Justiça do Trabalho após dois anos de pandemia da covid-19, Caputo Bastos ressaltou a importância da atuação do juiz na linha de frente e de sua interação com a equipe de servidores para o bom exercício da prestação jurisdicional.

Na avaliação do ministro-corregedor, o período mais emergencial imposto pela pandemia terminou, permitindo uma retomada segura do trabalho “in loco”, incluindo as sessões de julgamento no TST e as correições. “Estive em correição ordinária presencial em diversos tribunais como a 11ª Região (AM/RR), 6ª Região (PE) e 18ª Região (GO) e pude conhecer as peculiaridades locais. Foram visitas espetaculares, com todos os tribunais funcionando da maneira como se espera de uma corte judicial”, afirmou.

O presidente do Coleprecor, desembargador Marcello Maciel Mancilha (presidente do TRT-17/ES), considerou fundamental o canal estabelecido entre a entidade e a Corregedoria-Geral para o aprimoramento do diálogo. Para Mancilha, a pandemia trouxe avanços no uso da tecnologia em benefício do jurisdicionado. “Vivenciamos um período de isolamento e de necessidade do teletrabalho. Agora retomamos o presencial. Acho que vamos chegar a um ponto de equilíbrio, observando a situação de cada região”, comentou o magistrado.

O secretário-geral do Coleprecor e presidente do TRT-GO, desembargador Daniel Viana Júnior, fez um breve relato do processo de retomada gradual do trabalho presencial em sua jurisdição, enfatizando que muitas varas do trabalho ainda tinham designadas audiências telepresenciais. A vice-presidente da entidade, desembargadora Ana Paula Pellegrina Lockmann, corregedora regional do TRT-15/Campinas, também citou a evolução tecnológica vivenciada pela Justiça do Trabalho, sobretudo no período pandêmico, mas destacou que o órgão não pode funcionar como uma plataforma de aplicativo e defendeu uma atuação mais próxima da sociedade.